terça-feira, 30 de agosto de 2011


"Estamos em 2069, num ambiente de estudo e pesquisa, antigamente chamado de 'sala de aula'. Os aprendizes têm entre 12 e 16 anos e conversam com o dinamizador da inteligência coletiva do grupo, uma figura que em outras décadas já foi conhecida como 'professor'. Eles estão levantando e confrontando dados sobre os Centros de Cultura e Saberes Humanos (ou, como diziam antes, as 'escolas') ao longo dos tempos. Admirados, não conseguem conceber como funcionava, no século passado, um ensino que reunia os jovens não em função dos seus interesses ou temas de pesquisa, mas simplesmente por idades. O orientador de estudos lhes fala da avaliação: ela classificava os alunos por números ou notas segundo seu desempenho, e em função disso eles eram ou não 'aprovados' para o nível seguinte. Os aprendizes ficam cada vez mais surpresos. Como determinar 'níveis de ensino'? Como catalogar 'fases de conhecimento'? O que seriam 'etapas' escolares? Em que nó da rede curricular eles se baseavam para fundamentar isso? A surpresa maior se dá quando descobrem que essas avaliações ou 'provas' eram aplicadas a todos os estudantes do grupo. A MESMA PROVA? - espantam-se todos. Não conseguem conceber uma situação em que todos tivessem que saber exatamente os mesmos conteúdos, definidos por outra pessoa, no mesmo dia e hora marcados. 'Eles não ficavam angustiados?' - comenta um aprendiz com outro. Os jovens tentam se imaginar naquela época: recebendo um conjunto de questões a resolver, de memória e sem consulta, isolados das equipes de trabalho, sem partilha nem construção coletiva. Os problemas em geral não eram da vida prática, e sim coisas que eles só iriam utilizar em determinadas profissões, anos mais tarde. Imaginando a cena, os aprendizes começam a sentir uma espécie de angústia, tensão, até mesmo medo do fracasso, pânico de ficar na mesma 'série', de ser excluído da escola... 'Assim eu não ia querer estudar, diz um deles, expressando o que todos já experimentam. Mas em seguida, envolvido pelos outros temas da pesquisa, o grupo inicia uma nova discussão ainda mais interessante, e todos afastam definitivamente da cabeça aquele estranho pensamento(11)."

Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante,
do que ter sempre aquela velha opinião formada sobre tudo.

Raul Seixas


Disponível em: http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=236

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Que amor é esse?


Eu fico me perguntando que amor é esse que vejo por ai... um amor que aprisiona, machuca, manda, amarra, amordaça...
O que faz uma pessoa adulta, madura, que tem a sua vida e pode fazer suas próprias escolhas deixar-se aprisionar? Deixar que o amado (a) mande, (pensei em botar esse mande entre aspas pra representar que não era bem o sentido literal da palavra, mas mudei de ideia, porque é mandar mesmo!)? Diga o que ela pode ou não fazer, com quem ela pode ou não falar, se ela pode ou não estudar, trabalhar, etc... e sabe-se lá se o(a) amado(a) não tenta dizer até mesmo o que essa pessoa deve pensar... rsrs
Fico vendo essas coisas por ai, as pessoas se deixando dominar por outras que não confiam em seus parceiros e por o jeito nem nelas mesmas, e fico pensando que eu não sou normal! Isso mesmo! Amor pra mim é diferente... Acho que sou "livre" demais para me deixar ser completamente dominada (não que isso não tenha acontecido, mas na época eu era uma adolescente boba, apaixonada e imatura e isso não acontece mais), se alguém quiser me amar vai ter que me aceitar como eu sou, imperfeita, louca, falando demais, com muitas amizades, etc, etc
Não vai adiantar nada essa pessoa querer lutar contra meus estudos, meu trabalho, minha família, meus amigos, porque se de um lado do "muro" tiver tudo isso e do outro a pessoa amada, pode ter certeza que eu vou pular pro lado que ta minha família... rsrs
Amor pra mim é sinônimo de parceria, de sociedade, de sinceridade e se eu não confiar pelo menos o suficiente para saber que a pessoa não vai me trair assim que eu virar as costas não vale a pena continuar, não vou criar cabelos bancos e ficar louca! kkkkk
E também é sinônimo de "liberdade", não que a outra pessoa esteja livre pra fazer tudo que der na telha... ou melhor, está, mas com plena consciência que tudo que fazemos tem consequências e que nenhum segredo é pra sempre, mas dia menos dia eu vou ficar sabendo.
Definitivamente eu não vou passar 24 horas do meu dia pensando "será que ele ta me traindo" ou ligando pra ele pra saber onde ele tá, o que ele ta pensando, com quem ele ta falando, fiscalizando as redes sociais que ele tem... isso seria insuportável tanto pra mim quanto pra ele!
E pensando tudo isso cheguei a conclusão, não sei se outras pessoas pensam assim, mas é a minha opinião, esse tipo de sentimento não é amor e sim falta dele, falta de um amor chamado AMOR PRÓPRIO.


quarta-feira, 30 de março de 2011

O que leva alguém a participar de um Reality Show?


Fico vendo pessoas comentando sobre programas de Reality Show e me perguntando o que leva alguém a expor sua vida, sua família, seus erros, seus defeitos, suas particularidades, em rede nacional e muitas vezes da pior maneira possível, por um pouco de dinheiro e fama.
                Será que vale a pena fazer tudo por dinheiro mesmo?
                Será que as pessoas não pensam na maneira como “entram” nas casas da população brasileira?
                Ou o que vai acontecer com suas vidas depois que esse “teatro” acabar?
                Quer ser famoso? Quer se destacar? Ser rico? Ter dinheiro aos montes?
                Por que você não pensa em uma maneira de conseguir isso através do seu trabalho? Seria até mais digno!
                Agora entrar em um programa feito por quem quer manipular a população e ganhar rios de dinheiro. Chagar lá e BEBER, FARRAR, NAMORAR, BRIGAR, COMER, DORMIR, TOMAR BANHO DE PISCINA, LUXAR é fácil demais!

E eu (PARTICULAMENTE) não considero MERECIDO!

domingo, 20 de março de 2011

Uma mulher extraordinária




Eu conheço uma mulher batalhadora, porém frágil!
Eu conheço uma mulher que teve a ousadia de ir contra a opinião dos outros e decidir o que era melhor para você arriscando-se e assumindo responsabilidades que antes não tinha.
Eu conheço uma mulher que teve a coragem de voltar a estudar depois dos 40, em nome de um sonho.
Eu conheço uma mulher que teve que aprender a trabalhar, a sustentar uma casa, a criar sozinha os filhos, para não vê-los sofrer.
Eu conheço uma mulher que teve a coragem de perdoar quem mais lhe causou magoa nessa vida.
Eu conheço uma mulher que é exemplo de amor.
Eu conheço uma mulher que é o exemplo que sigo...
Muitas vezes me pego pensando como foi que ela consegui sobreviver a tantas tempestades, firme e forte. Acalmando e dando paz aqueles que só tinham ela para se apoiar.
Eu conheço uma mulher, que é a pessoa que mais amo nessa vida, que é quem me faz ser forte para poder lhe dar orgulho. E basta acontecer alguma coisa com ela para que eu desmorone, o resto todo pode desmoronar, mas se ela estiver lá, tudo estará bem.
Eu conheço uma mulher que nem sempre me deu tudo que eu quis e nem me deixou fazer tudo que tinha vontade, mas hoje entendo como ela agia certo.
E eu tenho o maior orgulho dessa mulher ser MINHA MÃE!
Mãe, me perdoa por todas as vezes que fui imatura, chata, desobediente, ou de alguma maneira te fiz sofre!
Obrigada por tudo que és na minha vida! EU TE AMO!

sábado, 12 de março de 2011

sexta-feira, 11 de março de 2011

Remechendo no passado


Dia de Faxina em mim!

Estava precisando fazer uma faxina em mim...
Jogar alguns pensamentos indesejados fora
Lavar alguns tesouros que andavam meio que enferrujados...
Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões...
Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei...
Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li...
Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas
E as coloquei num cantinho, bem arrumadinhas.

Fiquei sem paciência!
Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão:
Paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste...
Mas, lá também havia outras coisas... e belas!
Um passarinho cantando na minha janela
Aquela lua cor de prata, o pôr-do-sol...

Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças...
Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas.
Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou.
Peguei as palavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante!
Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se mando para o lixão.
Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante:
O amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos...

Como foi bom relembrar tudo aquilo!
Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as a mostra, para não perdê-las de vista.
Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurado bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar e de recomeçar!


\* Eu acho que hoje foi um desses dias!!! */

Remechendo no passado

\* Acho que esse foi um dos textos mais tristes que já escrevi, lembro que tive como base o texto de uma outra autora, não lembro o nome dela, mas derramei muitas lagrimas escrevendo ele. HOMENAGEM AO MEU TIO QUE FOI ASSASSINADO, JACÓ CARDOSO */


Não Houve Tempo
        

Você nos ajudou a enfrentar o mundo, mas o mundo nos tirou você.
         Você nos apoiou e cuidou de nós, mas não tivemos tempo para cuidar de você...
         Você sempre alcançou seus objetivos, mas não conseguimos alcançar o nosso em relação a você.
         Dor... Revolta...
         Por que você? Tão maravilhoso!
         Com tantos sonhos nossos para serem concretizados, para comemorarmos juntos...
         Precisamos continuar... Temos que continuar...
         Mas queríamos ter você para nos apoiar, comemorar conosco.
         Pensamos em desistir mais você sentiria vergonha, não podemos.
         A vida sempre lhe foi feliz, mesmo com agonia, dor... Sempre deu conforto, apoio, cuidados, queria cuidar de todos...
         Mas nos tiraram você, e não tivemos tempo para dizermos o quanto te amávamos.
         Acho que sabias e assim também nos amavas.
         Tudo você queria, mas não sabias que tempo também não terias...
         Hoje tudo brilha menos, o sabor das vitórias é menor, as derrotas são mais frustrantes, os objetivos menores, a convicção mais fraca, a saudade imensa, a dor muito maior...

         Obrigado por ter sido um pai, um irmão, um tio, um amigo...
... um GRANDE HOMEM


SAUDADES ETERNAS